Severina Baracho, artista popular e cirandeira, morre aos 72 anos

Severina Baracho, Dona Biu Reprodução/Instagram Morreu, aos 72 anos, a cirandeira pernambucana Severina Baracho. Conhecida como Dona Biu, a artista popular er...

Severina Baracho, Dona Biu Reprodução/Instagram Morreu, aos 72 anos, a cirandeira pernambucana Severina Baracho. Conhecida como Dona Biu, a artista popular era filha do mestre Antônio Baracho, um dos principais nomes da ciranda e do maracatu do estado, e formava com a irmã, Maria Dulce, a dupla As Filhas de Baracho. A morte foi confirmada pela família e pela prefeitura de Abreu e Lima, no Grande Recife, cidade onde ela morava. Segundo a gestão do município, Dona Biu morreu na noite do sábado (6), em decorrência de um câncer de pulmão, que tratava havia alguns anos. O velório acontece neste domingo (7), a partir das 15h, no Cemitério Municipal Santo Antônio, em Abreu e Lima. O enterro está marcado para as 16h. ✅ Receba as notícias do g1 PE no WhatsApp Veja os vídeos que estão em alta no g1 Nascida no dia 12 de novembro de 1953, Severina Baracho se tornou conhecida por cuidar, junto da irmã, do legado deixado pelo pai, o "Rei da Ciranda", que faleceu em 1988. Ela e Maria Dulce também se notabilizaram por se apresentarem com Lia de Itamaracá em diversos shows da cirandeira. Um deles se deu no Rock in Rio 2024. Dulce Baracho lamentou a morte da irmã em mensagem publicada nos stories do Instagram. "O dia amanheceu mais triste, os pássaros não cantaram, o silêncio tomou conta, e o vazio dentro do meu peito se expandiu... Eu vou te levar comigo aonde quer que vá... Eu te amo, minha irmã! Que Deus lhe receba de braços abertos", declarou. Amiga de Dona Biu, Lia de Itamaracá disse, em postagem no Instagram, que, ao receber a notícia da morta da artista, sentiu "como se um pedaço da ciranda tivesse silenciado". "Biu foi amiga, irmã de caminhada e de vida. Filha do grande Mestre Baracho, ela nasceu carregando a ciranda no sangue, mas foi com sua própria força de mulher negra, compositora e mestra que escreveu uma história que ninguém apaga [...]. Com ela, a ciranda ganhava outra potência. E quem estava perto sabia: Biu não cantava só com a boca, cantava com a alma inteira", afirmou. A prefeitura de Abreu e Lima também lamentou a morte da artista popular. "Que descanse em paz essa grande estrela da nossa cultura, que seguirá iluminando quem faz e admira a arte em nossa cidade", publicou. VÍDEOS: mais vistos de Pernambuco nos últimos 7 dias