Intoxicação por metanol: Brasil tem 46 casos confirmados, diz ministério
O que acontece no corpo nas primeiras 12, 24 e 48 horas após beber metanol O Ministério da Saúde divulgou nesta sexta-feira (17) uma nova atualização sobre...

O que acontece no corpo nas primeiras 12, 24 e 48 horas após beber metanol O Ministério da Saúde divulgou nesta sexta-feira (17) uma nova atualização sobre os casos de intoxicação por metanol após o consumo de bebidas alcoólicas adulteradas. Até agora, o país soma 133 notificações: 46 confirmações, e 87 investigações em andamento Outras 528 ocorrências foram descartadas. Os casos confirmados estão distribuídos por quatro estados: São Paulo (38), Paraná (4) Pernambuco (3) e Rio Grande do Sul (1). Entre os casos ainda sob investigação, a maioria também é de São Paulo, que concentra 44 registros. Na sequência aparecem Pernambuco (23), Rio de Janeiro (6), Piauí (3), Mato Grosso do Sul (2), Goiás (2), Paraná (2) e Bahia (1), Espírito Santo (1), Minas Gerais (1), Paraíba (1) e Tocantins (1). O levantamento aponta ainda oito mortes confirmadas em São Paulo e duas em Pernambuco. Outros 8 óbitos estão sob investigação: 1 na Paraíba, 1 no Paraná, 1 em Mato Grosso do Sul, 3 em Pernambuco e 2 em São Paulo. Entenda como funcionam os antídotos contra metanol comprados pelo governo brasileiro O que acontece no corpo nas primeiras 12, 24 e 48 horas após beber metanol Ministério da Saúde quer reforçar apoio a São Paulo na confirmação de casos de intoxicação por metanol Tratamento da intoxicação O Ministério da Saúde e a Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) divulgaram recentemente orientações para os profissionais de saúde sobre como identificar e tratar casos de intoxicação por metanol. As recomendações surgem após o aumento de registros de casos ligados ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas. É esperado que médicos e unidades de saúde: reconheçam precocemente os sintomas de intoxicação por metanol, administrem etanol (ou fomepizol) como antídoto o quanto antes, encaminhem os casos graves para UTI e notifiquem imediatamente as autoridades de saúde. LEIA MAIS sobre o tratamento: O que médicos devem saber (e o público também) sobre o tratamento da intoxicação por metanol Ministério amplia rede de apoio para confirmar casos Na última segunda, o Ministério da Saúde também anunciou novas medidas para reforçar o apoio ao estado de São Paulo na confirmação dos casos suspeitos de intoxicação por metanol. “Uma das ações que discutimos é apoiar o estado a fazer mais rapidamente a confirmação ou o descarte dos casos”, disse o ministro Alexandre Padilha. “Discutimos na sala de situação medidas para confirmar mais rapidamente.” O governo montou uma sala de situação para acompanhar a evolução dos casos e definir estratégias de resposta. Para agilizar os diagnósticos, o Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox) da Unicamp vai ampliar a capacidade de análises e passa a integrar a rede de laboratórios de referência. A unidade poderá fazer até 190 exames por dia. A Fiocruz também colocará seu laboratório à disposição dos estados. Com isso, o governo espera montar uma estrutura permanente para análise de casos de intoxicação química, não só durante o surto atual. O ministro também anunciou a chegada do fomepizol, medicamento importado que bloqueia a ação tóxica do metanol no organismo. O lote virá dos Estados Unidos ainda nesta semana e será distribuído para centros de toxicologia em todo o país. Cada paciente adulto pode precisar de duas a quatro ampolas do remédio. Infográfico: o impacto do metanol no corpo humano. Arte/g1 LEIA TAMBÉM: É seguro beber cerveja, vinho ou chope? Entenda o que considerar antes do consumo para evitar o metanol Por que algumas pessoas sofrem reações mais graves ao metanol? A genética pode explicar Como o metanol aparece na bebida alcoólica — e por que isso gera lucro para alguns Saiba como descartar garrafas de destilados para evitar falsificação Metanol em bebidas: só teste de laboratório pode detectar