Estudantes da rede estadual criam lápis sustentáveis que viram plantas em Pernambuco

Lápis sustentável é desenvolvido por estudantes da Rede Estadual de Ensino Divulgação/SEE O lápis é um dos materiais mais utilizados nas salas de aula e ...

Estudantes da rede estadual criam lápis sustentáveis que viram plantas em Pernambuco
Estudantes da rede estadual criam lápis sustentáveis que viram plantas em Pernambuco (Foto: Reprodução)

Lápis sustentável é desenvolvido por estudantes da Rede Estadual de Ensino Divulgação/SEE O lápis é um dos materiais mais utilizados nas salas de aula e também um dos que mais geram descarte. Em busca de soluções sustentáveis, estudantes de duas escolas da Rede Estadual de Pernambuco desenvolveram versões ecológicas do produto que podem se transformar em plantas após o uso. As iniciativas surgiram a partir do programa Miniempresas, promovido pela ONG Junior Achievement (JA) Pernambuco em parceria com a Secretaria de Educação de Pernambuco (SEE). Na Escola de Referência em Ensino Médio (Erem) Cônego João Leite, em Afogados da Ingazeira, alunos da miniempresa “CJL Solutions” criaram um lápis que pode ser plantado após o uso, dando origem a mudas de espécies como cenoura, coentro, couve, pimenta e tomate-cereja. O grupo, formado por 20 estudantes e orientado pelos professores Carla Santana e Alan Gustavo, buscou unir inovação e consciência ambiental. Veja os vídeos que estão em alta no g1 “Mais do que a criação de um produto, o projeto proporciona aos alunos a experiência de simular o funcionamento de uma empresa real, passando por áreas como marketing, recursos humanos, operações e finanças. Encarar essa responsabilidade prepara os jovens para o mercado de trabalho de maneira competitiva”, explica o professor Alan Gustavo. Segundo Carla Santana, a iniciativa tem ampliado o aprendizado em gestão, sustentabilidade e responsabilidade social. “O propósito maior é estimular o empreendedorismo e a formação prática dos jovens. O lápis ainda funciona como uma forma de contribuir para o reflorestamento e a preservação ambiental”, afirma a orientadora. O conjunto do lápis com semente acoplável e marcador de páginas é vendido por R$ 6, e 20% do valor arrecadado será destinado à ONG Associação Caatinga, escolhida pelos próprios estudantes. A entidade atua há mais de duas décadas na proteção do bioma e no fortalecimento de comunidades rurais. Em Bezerros, no Agreste, alunos da Escola Técnica Estadual (ETE) também desenvolveram um produto com o mesmo propósito: o “Ecopencil”. Produzido a partir de pó de serra de madeira de reflorestamento, grafite e sementes, o lápis ecológico pode ser plantado após o uso. O projeto foi orientado pelos professores Willams Maciel, Flávio Brayner e Amanda Clarindo. “Esse produto não é apenas um instrumento de escrita, é um projeto pedagógico que ensina produção, marketing e consciência ambiental. Ele une educação prática, sustentabilidade e empreendedorismo em um produto com apelo social”, explica Willams Maciel. A estudante Isabelly Allany, integrante do grupo, destaca que a ideia nasceu do desejo de reaproveitar resíduos. “Quando percebemos o quanto de pó de serra era desperdiçado nas marcenarias, pensamos em dar uma nova vida a esse material. Neste ano em que o Brasil sedia a COP30, entendemos ainda mais a importância de atitudes como essa. É gratificante saber que podemos contribuir com pequenas ações que refletem grandes mudanças”, diz. Além da criação, os alunos participaram de feiras, organizaram finanças e produziram conteúdos para redes sociais. “Está sendo uma experiência incrível participar desse projeto. Ideias como essa mostram que com muito pouco podemos mudar o mundo”, afirma o estudante Matheus Vitor. Lápis sustentável é desenvolvido por estudantes da Rede Pública Divulgação/SEE Programa Miniempresas O programa Miniempresas, que deu origem às duas iniciativas, busca ensinar estudantes do ensino médio de escolas públicas a idealizar, organizar e operar uma empresa real. Em 2025, mais de 1.200 alunos foram beneficiados. Com encontros semanais e atividades práticas, os jovens aprendem conceitos de economia de mercado, gestão e empreendedorismo, sob orientação de voluntários treinados pela JA Pernambuco. A parceria reforça o compromisso da Secretaria de Educação do Estado com uma formação que alia teoria, prática e protagonismo juvenil. Ecopencil - lápis sustentável desenvolvido em Bezerros Divulgação/SEE