Parte de prédio desaba em conjunto habitacional interditado em Paulista
30/01/2025
Acidente não deixou vítimas e aconteceu no Conjunto Beira-Mar, onde, em 2023, desabamento deixou 14 mortos. Bloco que desabou nesta quinta (30) estava desocupado. Parte de prédio desaba em conjunto habitacional no Grande Recife
Parte de um prédio do Conjunto Beira-Mar, em Paulista, no Grande Recife, desabou na manhã desta quinta-feira (30). Imagens enviadas à TV Globo mostram a poeira subindo entre os destroços da estrutura (veja vídeo acima). Segundo a prefeitura da cidade, o edifício estava desocupado no momento em que caiu, e ninguém ficou ferido.
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O desabamento aconteceu no Bloco D10. Apesar de não haver vítimas, segundo a prefeitura de Paulista, entre 10 e 12 imóveis que ficam no entorno foram impactados pelo desabamento.
Por causa disso, equipes da Defesa Civil foram ao local para avaliar os danos e cadastrar as famílias que moram nesses locais, bem como orientar sobre o risco de permanecer na área.
A edificação é um dos 14 prédios do Conjunto Beira-Mar que deveriam ser demolidos por recomendação da Defesa Civil do município.
Em julho de 2023, parte do bloco D7 do condomínio desabou, deixando 14 mortos e sete feridos. Um dos maiores conjuntos habitacionais da Região Metropolitana, o residencial, construído em 1982 no bairro do Janga, é formado por 29 prédios do tipo "caixão".
De acordo com a prefeitura, a edificação pertence à seguradora Traditio. Defesa Civil e patrulhas da Guarda Municipal foram enviadas ao local do desabamento.
"Autoridades e representantes seguem acompanhando a situação para garantir que o processo ocorra de forma segura e sem prejuízos à população", informou a gestão, por meio de nota.
Procurada, a empresa Traditio informou que o prédio faz parte do plano de demolições conforme o acordo firmado com a Caixa Econômica Federal. Ainda segundo a empresa:
A construtora responsável pela demolição dos imóveis foi contratada e o trabalho só foi iniciado por causa das ameaças que os técnicos envolvidos na operação sofreram quando foram ao local;
Diante disso, solicitou reforço policial para executar um plano de ação e garantir a integridade dos trabalhadores em 5 de dezembro de 2024, o que foi autorizado pela Justiça cinco dias depois;
Está aguardando a implementação desse plano pelas autoridades públicas;
Conforme expresso no acordo judicial, não é a proprietária nem seguradora dos imóveis interditados do Conjunto Beira-Mar, mas manteve vigilância no local, por determinação da Justiça, para evitar novas invasões.
O g1 tenta contato com o governo de Pernambuco para falar sobre a ordem judicial citada pela empresa que determina reforço policial para dar suporte ao plano de demolição dos imóveis interditados.
Prédio que desabou no Conjunto Beira-Mar, no Janga, em Paulista
Reprodução/WhatsApp
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