Homem morre após levar choque elétrico em ocupação de movimentos por moradia
30/01/2025
Vítima, identificada como Renato Ramos da Silva, de 33 anos, chegou a ser levada a hospital, mas não resistiu aos ferimentos. Renato Ramos da Silva, de 33 anos, morreu após levar um choque elétrico em ocupação de movimentos por moradia em Paulista, no Grande Recife
Reprodução/WhatsApp
Um homem morreu após levar um choque elétrico numa ocupação de movimentos sociais por moradia em Paulista, no Grande Recife. A vítima, identificada como Renato Ramos da Silva, de 33 anos, chegou a ser levada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Jardim Paulista, mas não resistiu aos ferimentos. A morte é investigada pela Polícia Civil.
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O caso aconteceu na quarta-feira (29), por volta das 16h, na ocupação Maria Filipa, localizada no bairro de Maranguape 2. O terreno, que pertence ao estado, é ocupado há dois anos por mais de 250 famílias que fazem parte do Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM) e da Organização e Luta dos Movimentos Populares de Pernambuco (OLMP).
Ao g1, o coordenador da ocupação, Paulo André de Araújo, disse que Renato foi atingido pela descarga elétrica enquanto tentava religar a luz de uma casa da comunidade que perdeu a energia nas fortes chuvas que atingiram a Região Metropolitana nesta semana.
"Ele viu aquela situação, o pessoal alertou para ele não subir [o poste], mas ele estava muito preocupado com a situação do povo porque já era quase à noite. [...] Os barracos são de material reciclável, de papelão, madeira, madeirite, e as instalações elétricas são precárias, o poste é de madeira, então é toda uma situação de risco", disse Paulo André.
Segundo o MNLM, Renato tinha três filhos e era um dos ocupantes que aguardam a construção de um habitacional do programa Minha Casa, Minha Vida na localidade. O projeto já foi aprovado pelo governo federal e se encontra em fase de contratação da empresa responsável pelas obras, de acordo com o coordenador da ocupação Maria Filipa.
"[O habitacional] vai atender 200 famílias, mas ainda vai ficar uma parte das famílias sem uma solução imediata. A gente vinha tentando negociar com o estado e o município a retirada imediata das famílias para elas receberem um auxílio-moradia até por conta da situação de vulnerabilidade", explicou Paulo André.
Procurada, a Polícia Civil informou que a Delegacia de Paulista abriu um inquérito para investigar o ocorrido. O caso foi registrado como "morte a esclarecer".
O g1 entrou em contato com a prefeitura de Paulista, o governo do estado e o Ministério das Cidades, responsável pelo programa Minha Casa, Minha Casa, para comentar sobre a situação das famílias que vivem na ocupação, mas, até a última atualização desta reportagem, não obteve resposta.
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