Justiça suspende reeleição Raul Henry à presidência do MDB em Pernambuco; entenda
Justiça suspende reeleição Raul Henry à presidência do MDB em Pernambuco A Justiça suspendeu o resultado da convenção estadual que reconduziu o ex-deput...
 
							Justiça suspende reeleição Raul Henry à presidência do MDB em Pernambuco A Justiça suspendeu o resultado da convenção estadual que reconduziu o ex-deputado federal Raul Henry à presidência do MDB em Pernambuco. Na eleição, realizada em maio deste ano, ele obteve 65 votos. Ele disputou a presidência do partido com o deputado estadual Jarbas Filho, que teve 49 votos. A decisão que suspendeu a convenção considera que houve desrespeito ao procedimento legal eleitoral, o que "viola a igualdade de participação e de chances dos candidatos". A juíza responsável foi Bruna Araujo Coe Bastos, da 6ª Vara Cível de Brasília, onde tramitou o processo. ✅ Receba no WhatsApp as notícias do g1 PE Entre os dois candidatos à presidência estadual do MDB, Raul Henry tem proximidade com o grupo político do prefeito do Recife, João Campos (PSB). Do outro lado, Jarbas Filho é apoiador da governadora Raquel Lyra (PSB). A decisão foi proferida na quarta-feira (29). O processo foi movido por Otávio Pedrosa, prefeito de Bodocó, no Sertão; e por Kelly Tavares, vereadora por Paulista, no Grande Recife. Os dois presidem os diretórios municipais do MDB em suas cidades. Na ação, eles afirmam que ocorreram violações ao estatuto partidário na definição do colégio eleitoral da convenção estadual. Isso porque houve um acordo entre lideranças do partido que decidiu que não seriam realizadas novas convenções municipais no estado, com exceção do município de Lagoa Grande, no Sertão, que já tinha feito convenção em fevereiro deste ano. Esse acordo foi celebrado em Brasília, com a participação de Raul Henry; do senador por Pernambuco Fernando Dueire (MDB); do presidente nacional do MDB, deputado federal Baleia Rossi; e de Paulo Roberto, presidente do partido em Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata pernambucana. Raul Henry em imagem de arquivo Reprodução/TV Globo No documento, conforme consta na decisão, eles estabeleceram que os critérios para a participação dos delegados municipais na convenção estadual seriam baseados nos resultados das eleições municipais de 2020, exceto em Lagoa Grande, onde seria considerado o resultado das eleições municipais de 2024. Esse acordo prevaleceria sobre o estatuto partidário "de forma excepcional". Mas, para os autores da ação e para a juíza que julgou o processo, "não há comprovação de que todos os afetados pelo acordo teriam aderido aos termos", que, segundo a magistrada, "sequer foram apresentados de maneira clara e transparente". Além disso, a juíza considerou que "não se tem expressa comprovação da participação de representantes dos diretórios municipais ou de seus delegados no acordo entabulado, notadamente dos autores da presente ação". A juíza também disse que houve "evidente a inobservância de determinadas normas estatutárias", o que foi "admitido pelos requeridos em suas manifestações". A magistrada suspendeu o resultado da convenção "até ulterior decisão". Cabe recurso da decisão. O que diz o MDB Por meio de nota, o diretório estadual do MDB disse que a mesa diretora foi eleita "em uma convenção limpa, transparente e democrática", e que "todas as regras da disputa seguiram as normas do estatuto do partido e foram aceitas pelas duas chapas envolvidas no pleito, com a coordenação da Direção Nacional do MDB". A nota também diz que Jarbas Filho, candidato da chapa derrotada, reconheceu o resultado. O diretório afirma ter tido conhecimento da decisão pela imprensa, e lembrou que a determinação ocorre cinco meses após a realização da eleição. "Nossa atitude, assim que formos formalmente notificados, será adotar todas as medidas cabíveis para reverter essa estranha e surpreendente decisão. É nosso dever lutar para resgatar a verdade, expressa pelo voto direto, livre e democrático dos convencionais do nosso partido", diz a nota. VÍDEOS: mais vistos de Pernambuco nos últimos 7 dias