Apac explica aumento da chuva em Fernando de Noronha
12/04/2024
Agência divulgou, nesta sexta-feira (12), uma nova previsão do tempo para abril, maio e junho. Noronha tem registrado chuvas acima da média
Ana Clara Marinho/TV Globo
Nos últimos dias foram registradas muitas chuvas em Fernando de Noronha. A Agência Pernambucana de Águas e Chuva (Apac) divulgou, nesta sexta-feira (12), uma nova previsão para o tempo para abril, maio e junho, e informou os motivos do aumento da precipitação.
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"O fenômeno natural El Niño está enfraquecendo rápido e está entrando a La Niña. A zona de convergência intertropical desceu, está localizada mais ao sul e isso causa chuva em Noronha e norte/leste do Nordeste brasileiro. Isso causou chuvas acima da média", explicou o metrologista, Thiago do Vale.
Segundo estudiosos, o El Niño é caracterizado pelo aquecimento das águas do Pacífico em meio grau ou mais. Ele costuma levar chuvas intensas ao Sul do Brasil e provocar seca na região Norte.
Já o La Niña acontece quando o Pacífico está ao menos meio grau abaixo da média histórica, trazendo o resultado inverso: chuvas intensas no Norte e Nordeste e estiagem na região Sul.
Os meteorologistas da Apac informaram que a ilha pode ter uma precipitação dentro da média ou um pouco acima da média histórica.
No final de fevereiro, a Apac indicou que o período chuvoso seria abaixo da média por conta do El Niño. Na prática, no mês de março, ocorreu o contrário.
Em Noronha, foi registrada uma precipitação de 400,7 milímetros, enquanto a média histórica é de 263,60 milímetros. Isso representa 152% a mais que a média histórica.
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O meteorologista disse, ainda, que apesar da nova previsão indicar que pode ocorrer uma climatologia acima de média, não deve ocorrer chuva no mesmo volume de março.
“Em abril e média é de 290,3 milímetros; em maio, 280,3 milímetros; e em junho são 190 milímetros. Devemos ter uma precipitação normal ou acima da média, mas é pouco provável que a chuva seja 152% a mais que a média”, falou Thiago do Vale.
O especialista revelou que a mudança na localização da zona de convergência intertropical deve ter acontecido por conta do aquecimento do Oceano Atlântico.
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